As transformações da internet e inovações tecnológicas vêm crescendo de forma exponencial. É o caso da Inteligência Artificial, que traz ganhos de produtividade e novas oportunidades, mas também desafios e riscos como deepfakes, bots mal-intencionados, fraudes de identidade e desinformação. Para garantir que os humanos possam continuar a interagir com segurança no ambiente digital, nasce a World, um protocolo inovador que propõe uma solução inédita para verificar quem é um ser humano online sem comprometer a sua privacidade.
O que é a World?
A World é um protocolo descentralizado que visa distinguir quem é um ser humano na internet de quem é um robô, a partir de uma prova de humanidade, pela qual as pessoas podem provar que são humanas únicas de forma completamente anônima, ou seja, sem revelar sua identidade. Isso se torna possível por meio do World ID, uma credencial digital anônima que ajuda a diferenciar humanos de bots em serviços online.
Ao contrário de verificações tradicionais, para ter um World ID não é necessário fornecer nome, CPF, endereço ou qualquer outro dado pessoal. A tecnologia se baseia em um sistema de verificação de humanidade, que processa a imagem da íris e gera um código numérico único para cada pessoa. Esse código é anonimizado e armazenado de forma segura e descentralizada, garantindo que ninguém possa acessar, rastrear as informações ou mesmo relacionar o código à identidade da pessoa.
Em outras palavras, as pessoas recebem um código especial de humanidade, impossível de rastrear, que lhes permite acessar diferentes serviços online de forma anônima, sinalizando que são humanas, mas sem nunca revelar quem elas são.
A rede World tem os seguintes pilares principais:
- World App: um aplicativo que permite armazenar e utilizar o World ID, além de oferecer acesso a ativos digitais e aplicativos parceiros (mini apps);
- Orb: um dispositivo semelhante a uma câmera fotográfica de alta resolução que processa a imagem da íris e a converte em um código numérico único e anônimo;
- World ID: a credencial que permite provar que um indivíduo é humano de forma anônima;
- Worldcoin (WLD): token digital disponível aos humanos verificados da rede para incentivar a sua participação no ecossistema da World, que inclui acesso a jogos online, recargas de celular, doações, entre outros.
Por que a tecnologia da World é importante?
A IA está tornando a internet cada vez mais útil, mas traz também alguns desafios nas interações online. De acordo com um relatório de 2024 da Imperva, quase 50% do tráfego mundial online foi gerado por bots, a maior taxa já registrada em mais de uma década. O Brasil está entre os países mais afetados pelas fraudes digitais, com um crescimento de 830% nos casos de identidade entre 2022 e 2023.
Outro estudo, da Tools for Humanity em parceria com a Ipsos, revelou que 93% dos brasileiros já foram vítimas ou conhecem alguém que foi vítima de roubo de identidade e 70% têm dúvidas sobre se o conteúdo que consomem online é real ou gerado por um bot.
Diante desse cenário, a World busca garantir a segurança digital e a confiabilidade das interações online. Com a popularização dos deepfakes, provar que uma pessoa é realmente humana se torna um passo fundamental para preservar a integridade da internet.
“A IA está redesenhando o nosso mundo, criando tanto oportunidades incríveis quanto desafios para as pessoas. Se não nos prepararmos agora com a infraestrutura necessária, será cada vez mais difícil distinguir quais ações são geradas por humanos reais e quais são automatizadas no ambiente digital, minando a confiança e segurança online. A privacidade e a segurança estão no cerne da tecnologia que a World está construindo", explica Tiago Sada, head de produto da Tools for Humanity (TFH), empresa que colabora com a World.
Como a World garante a privacidade dos usuários?
A World foi projetada pensando em segurança. Diferente de outras soluções biométricas, ela não armazena os dados das pessoas. A Orb, um dispositivo semelhante a uma câmera de alta resolução, verifica humanidade e unicidade por meio de uma foto da íris.
As imagens originais são criptografadas de ponta a ponta e enviadas para o celular da pessoa, sendo imediatamente apagadas da Orb. Em seguida, o código numérico da íris é completamente anonimizado por meio de uma tecnologia chamada AMPC (Computação Multipartidária Anonimizada) e armazenado em servidores descentralizados por universidades e parceiros, que incluem: as universidades de Zurique na Suíça, Friedrich-Alexander-Universität na Alemanha, UC Berkeley na Califórnia e a Nethermind, respeitada empresa de auditoria e segurança de TI.
A tecnologia de Computação Multipartidária Anonimizada distribui e anonimiza o código da íris em códigos secretos entre servidores independentes, garantindo a segurança e impossibilitando qualquer tentativa de rastreamento ou vazamento.
Outro diferencial é que o World ID não é um documento de identidade. Ele apenas confirma que a pessoa é humana e única, sem revelar quem ela é. Isso permite que os usuários naveguem na internet sem o risco de terem seus dados expostos, algo cada vez mais raro nos tempos de hoje.
A prova de humanidade é uma parte fundamental para tornar o futuro da internet mais seguro e confiável.
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