World ID: Mitigar a fraude em "marketplaces" e plataformas online na Era da IA

O Joel precisava de um computador novo. Enquanto navegava num fórum online para expatriados, viu um em segunda mão que estava dentro do seu orçamento, por isso contactou o vendedor. Mas o Joel ficou desconfiado quando o nome da pessoa para a qual enviou a mensagem não coincidia com o nome na conta do "marketplace". Desistiu do que provavelmente seria uma fraude.

Muitas pessoas não têm tanta sorte. A fraude online é uma indústria multimilionária. Só no ano passado, nos Estados Unidos os consumidores relataram perdas de 12,5 mil milhões de dólares em fraudes digitais que envolviam bens inexistentes, ofertas de emprego falsas e investimentos fraudulentos. Na Tailândia, onde a World foi lançada recentemente, o governo estima que os cidadãos estejam a perder até 2 milhões de dólares por dia devido a fraudes online.

O problema básico é que os golpistas podem criar facilmente centenas, até milhares, de contas falsas em plataformas online. Só precisam de criar muitos e-mails. Uma vez criadas, estas contas podem defraudar consumidores de maneiras grandes e pequenas. Por exemplo, nos "markteplaces", os burlões podem manipular as avaliações dos produtos ao inundar o site com avaliações falsas, o que irá sufocar comercialmente vendedores honestos e enganar os compradores. 

As coisas podem tornar-se mais nefastas, como quando contas falsas do governo atraem pessoas com promessas de benefícios sociais, apenas para as roubar. No entanto, logo que estas contas são encerradas, acabam por surgir em outro lugar.

Para prevenir fraudes online, alguns governos pressionaram plataformas famosas a fazer uma limpeza. No Reino Unido, as principais empresas de redes sociais assinaram a "Online Fraud Charter" (Carta sobre a Fraude Online), comprometendo-se a tomar medidas adicionais para combater burlas online. Mas um ano depois, 4,9 milhões de residentes do Reino Unido relataram ter perdido dinheiro numa burla numa destas plataformas nos 12 meses anteriores.

Tudo isto cria problemas relacionados com a segurança dos dados para os indivíduos. As violações de dados atingiram proporções épicas, o que revela que chegou o momento de avançar para soluções que exigem que sejam partilhados dados pessoais mínimos. Mesmo assumindo que esses dados podem ser mantidos seguros, a verificação traz grandes custos para as plataformas, que, em última instância, têm de ser suportados pelos consumidores.

Além disso, com a IA a tornar-se cada vez mais sofisticada, não há certezas de que a verificação dos documentos de identificações governamentais funcione sequer para combater a fraude. A IA está a tornar possível gerar identidades falsas altamente realistas em grande escala, o que acaba por minar os métodos tradicionais de verificação de identidade.

A fraude online não é apenas um problema do consumidor—é um desafio económico e regulamentar. Corrói a confiança nas plataformas digitais, reduz a participação dos negócios e força os governos a impor mandatos de verificação que aumentam os custos sem resolver o problema principal. A IA está a tornar a fraude ainda mais fácil, mas a maioria das respostas governamentais traz atrito para os indivíduos sem conseguir conter os agentes mal-intencionados. É necessária uma abordagem mais eficaz e que dê prioridade à privacidade.

Verificar se as contas numa plataforma estão ligadas a um humano real é uma boa ideia, mas a IA avançada exige uma nova forma de pensar sobre a identificação. A World é infraestrutura para a Internet na Era da IA.

O World ID é uma forma das pessoas provarem anonimamente e de forma segura que são um humano real e único online.

As plataformas e os "marketplaces" online que estejam a considerar verificações obrigatórias do documento de identificação governamental ou o KYC podem, em vez disso, integrar o World ID nos seus processos de criação de conta. Este oferece uma alternativa resistente à IA na verificação de identidade tradicional, ancorando-se numa prova de humanidade única que não pode ser duplicada ou falsificada—sem exigir que os indivíduos divulguem dados pessoais. O resultado é que os indivíduos podem ter a certeza de que as pessoas com quem se conectam na plataforma também são humanas. Embora os consumidores devam ainda tomar medidas para se protegerem e os serviços online devam investir na deteção de agentes maliciosos, esta abordagem reduz significativamente o risco de serem enganados por redes de contas falsas. 

Como não exige que as pessoas preencham formulários complexos ou enviem um documento de identificação do governo, o World ID não traz atritos para os consumidores e é fácil de gerir para as plataformas. Os serviços online podem escolher se solicitam verificação adicional, mas esta é uma base importante para reconstruir a confiança e proteger os consumidores. 

Implementar o World ID em plataformas online e "marketplaces" ajuda a garantir:

• Interações humano-a-humano: Os consumidores podem confiar que do outro lado está um humano.
• Redução da fraude: As contas associadas a fraudes podem ser encerradas sem voltarem a aparecer.
• Maior confiança nas plataformas: as plataformas online ganham ao proteger os indivíduos de contas fraudulentas; os humanos verificados reduzem a fraude e restauram a confiança do consumidor no comércio digital.
• Menor risco para dados pessoais: Como as plataformas não precisam de recolher dados pessoais, os dados correm menos risco de serem roubados. 
• Resistência à IA: o World ID oferece uma abordagem centrada na pessoa para a autenticação que, ao contrário da verificação com documento de identificação governamental, não pode ser falsificada e permite que os indivíduos façam transações online com segurança, mesmo com a evolução das técnicas de fraude.

O World ID oferece um caminho a seguir para plataformas online—protegendo as pessoas, reduzindo a fraude e garantindo acesso justo aos serviços digitais.

A fraude online está em evolução. Mas com o World ID, a segurança e privacidade também estão.